terça-feira, 19 de abril de 2016

Vírus

Vírus: Únicos Acelulares

   
   Vírus é uma partícula basicamente proteica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas obrigatórios do interior celular e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular.
   O termo vírus geralmente refere-se às partículas que infectam eucariontes, enquanto o termo bacteriófago é usado para descrever aqueles que infectam procariontes (domínios bacteria e archaea).
    Na maior parte das vezes, estas partículas carregam quantidades pequenas de ácido nucleico (DNA ou RNA, ou os dois) sempre enrolado por uma cápsula proteica chamada capsídeo. As proteínas que criam o capsídeo são específicas para cada tipo de vírus. O capsídeo mais o ácido nucleico que ele envolve são chamadas de nucleocapsídeo. Alguns vírus são formados apenas pelo núcleo capsídeo, outros possuem um envoltório ou envelope externo ao nucleocapsídeo. Esses vírus são denominados vírus encapsulados ou envelopados.
   O envelope consiste principalmente em duas camadas de lipídios derivadas da membrana plasmática da célula hospedeira e em moléculas de proteínas virais, específicas para cada tipo de vírus, imersas nas camadas de lipídios.
   Os vírus não são constituídos por células, embora dependam delas para a sua multiplicação. Alguns vírus possuem enzimas.

 

   Ciclo Reprodutivo

São quatro as fases do ciclo de vida de um vírus: 
 
1. Entrada do vírus na célula: ocorre a absorção e fixação do vírus na superfície celular e logo em seguida a penetração através da membrana celular.
2. Eclipse: um tempo depois da penetração, o vírus fica adormecido e não mostra sinais de sua presença ou atividade.
3. Multiplicação: ocorre a replicação do ácido nucléico e as sínteses das proteínas do capsídeo. Os ácidos nucléicos e as proteínas sintetizadas se desenvolvem com rapidez, produzindo novas partículas de vírus.
4. Liberação: as novas partículas de vírus saem para infectar novas células sadias. 

 

Retrovírus

   Os retrovírus, ou RNAvírus formam o grupo dos primeiros vírus estudados e conhecidos, há cerca de 90 anos. Tudo começou com o aparecimento de doenças em algumas galinhas, mas que só foram bem esclarecidas por volta das décadas de 60 e 70 com a descoberta da enzima transcriptase reversa, DNA proviral em células germinativas e dos oncogenes relacionados aos retrovírus.
   Após essas descobertas, classificaram esse vírus na família Retroviridae, que é dividida em 3 subfamílias:- Oncoviridae
- Lentivirinae
- Spumavirinae
 
   O  seu genoma viral é constituído de duas moléculas de RNA de fita simples, ligadas entre si. A fita dupla permite uma maior taxa de recombinação gênica, características do retrovírus. Morfologicamente são vírus muito parecidos entre si, apesar da sua diversidade. Medem cerca de 80 a 140 nm de diâmetro e são formado de proteínas, RNA e lipídios da membrana.
  
   Um dos tipos mais conhecidos de retrovírus é o HIV, que por infectar seres humanos ataca os linfócitos T do sangue. Os retrovírus possuem oncogenes que atuam nos processos de diferenciação e proliferação celular, induzindo a célula a ter divisões descontroladas, desenvolvendo tumores cancerosos.
 

 

Arbovírus

   Os arbovírus são vírus transmitidos aos seres humanos por artrópodes hematófagos (se alimentam de sangue), principalmente mosquitos e carrapatos. Muitos destes vírus tem como hospedeiros iniciais espécies de animais silvestres (aves, macacos, roedores e etc.).
   Mosquitos, por exemplo, picam estes animais e transmitem os arbovírus para o homem, também através da picada. Quando passam para o meio urbano, o ser humano passa a ser também o reservatório destes arbovírus.
 
Exemplos de arbovírus e arboviroses:
 
- Vírus da Dengue: transmitido pela picada do mosquito aedes aegypti. É o causador da arbovirose conhecida como Dengue.
 
- Zika Vírus: também transmitido pelo mosquito aedes aegypti. É o causador da arbovirose conhecida como Febre Zika.
 
- Vírus da Febre Chikungunya: também transmitido pelo mosquito aedes aegypti. É o causador da arbovirose conhecida como Febre Chikungunya.
 
- Vírus da Febre Amarela: transmitido pela picada dos mosquitos aedes aegypti e aedes albopictus. É o causador da arbovirose conhecida como Febre Amarela.
 
- Vírus Oropouche: transmitidos pela picada do mosquito maruim (borrachudo). É o causador da Febre do Aropouche.
 
- Vírus Mayaro: transmitido aos seres humanos através da picada de mosquitos silvestres, principalmente do Haemagogus janthinomys. É o responsável pela doença conhecida como Febre do Mayaro.
 
Tratamento:
 
   Não existem tratamentos específicos contra os vírus das arboviroses, principalmente quando falamos em Dengue, Zika vírus e febre Chikungunya. Isso porque todos eles costumam ter uma vida curta no organismo, causando infecções agudas. No máximo o médico pode indicar medicamentos para tratar os sintomas.
 

 

Adenovírus

 
   É um grupo de virus muito frequentes de genoma de DNA duplo (dupla hélice) que sobrevivem por longos períodos fora do hospedeiro. Não possuem envelope bilipídico e são extremamente resistentes. Há 52 sorotipos e a infecção por um sorotipo não dá imunidade contra os outros.
   Podem provocar doenças respiratórias (aguda ou não), febre faringoconjutival, ceratoconjutivite epidêmica, cistite hemorrágica aguda, gastroenterite e infecções adenovirais. A transmissão ocorre por inoculação direta na conjuntiva, oral-fecal, gotículas ou exposição ao tecido ou sangue contaminado. É  capaz de infectar diversos sistemas orgânicos. Porém, a maioria dessas infecções não apresentam sintomas.
   O método de diagnóstico preferível é a detecção da infecção adenoviral por cultura ou antigênio. São associados à patologia respiratória podem ser isolados a partir das secreções faríngeas, oculares e fezes, por inoculação das colheitas em diversas culturas celulares. Enquanto que a detecção faríngea é sugestivo de infecção recente, a detecção fecal tanto pode indicar infecção recente como se tratar de um portador crónico.
 
Tratamento:
 
   O único tratamento realizado é o sintomático. Existe uma vacina viva atenuada (oral) para os sorotipos 4 e 7.
 

 

 


 

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